Reproduzimos abaixo o texto escrito por George Siemens, em 28 de setembro de 2008, intitulado Uma breve história da aprendizagem em rede.
UMA BREVE HISTÓRIA DA APRENDIZAGEM EM REDE
1 – As redes têm servido de base à aprendizagem humana bem antes da proliferação da tecnologia que se vê na sociedade atual. O desenvolvimento de competências na caça, coleta e agricultura exigiam conhecimentos a ser compartilhados com cada nova geração: na educação agrícola, por exemplo, a geração mais jovem foi construída sobre o trabalho das outras. Pequenos avanços em novas técnicas e ferramentas serviram para melhorar continuamente disciplinas como a agricultura, ferraria, soldadura e, mais recentemente, a filosofia e as ciências.
2 – Hoje, a aprendizagem em rede é mais evidente porque notamos a sua existência em estruturas explícitas de redes: telefonia móvel, internet, web. É provável que cada geração se defina como a guardiã de novos “insights” e avanços científicos, tendo em vista os enormes progressos obtidos pelas gerações anteriores. Ao discutir aprendizagem em rede, nos encontramos no pequeno pico de uma grande montanha. As estruturas de rede, agora proeminentes na tecnologia, eram anteriormente supridas por interações sociais, pergaminhos, manuscritos religiosos e estruturas de comunicação dos generais, reis e imperadores.
3 – A partir deste reconhecimento tênue sobre a natureza fundamental das redes de aprendizagem no desenvolvimento global da humanidade, segue uma discussão mais elaborada sobre a evolução das redes de aprendizagem ao longo das últimas décadas.
4 – Desenvolvimentos recentes sobre aprendizagem em rede ocoreram no contexto da teoria da aprendizagem social, e avançaram com a ajuda da tecnologia. A literatura sobre aprendizagem e redes progrediu na última década, como indicado por centros universitários, tais como o Helsinki’s Centre for Research no Networked Learning and Knowledge Building (Universidade de Helsinki), projetos de pesquisa na Open University of the Netherlands (2006) e Lancaster University (2004) e doutorados (de Laat, 2006), pesquisando a adequação das redes como um suporte estrutural para a educação. No entanto, o termo “rede” tornou-se um pouco complicado, dificultando a discussão sobre aprendizagem. Baumeister (2005) faz eco a esta realidade:
Dentro de um ambiente universitário há muito a ser conectado em rede: por exemplo, dentro de um único curso, numa faculdade, dentro de um grupo de pesquisa e entre os acadêmicos, instituições ou empresas externas. Levando tudo isso em conta, torna-se evidente que o termo está carregado de significados e é por isso que seu uso raramente está livre de ambiguidades. (Networking in Practice, seção 7)
5 – Esta preocupação é, em parte, conseqüência do uso amplo do termo por parte de educadores/pesquisadores, sem delimitar os conceitos subjacentes ou os vários significados que o termo adquiriu na sua utilização para descrever infraestrutura física, conexões sociais e teoria dos grafos em matemática. Enquanto as redes nestes domínios se utilizam das definições gerais de rede – como dois ou mais nós conectados -, a discussão das redes de aprendizagem é por vezes imprecisa, sem distinção entre o modo como o próprio termo tem se desenvolvido ao longo das últimas décadas.
6 – Uma das primeiras referências sobre modelos de rede para a educação pode ser encontrada na descrição de Illich (1970) sobre aprendizagem na web. Illich sugeriu teias de aprendizagem, assim “nós poderemos abastecer o aluno com novos links para o mundo, ao invés de continuar a canalizar todos os programas de ensino através do professor” (p. 73). A visão de Illich ultrapassou a tecnologia em várias décadas. Mais recentemente, visões em rede sobre educação têm crescido em importância com o desenvolvimento da internet.
7 – Em uma revisão da literatura, podem ser encontrados cinco estágios significativos na forma como as redes são vistas dentro do espaço educativo:
(a) desenvolvimento de uma infra-estrutura;
(b) absorção das áreas que já tenham uma base de investigação existente;
(c) visões teóricas e transformadoras sobre aprendizagem, conhecimento e cognição;
(d) praticabilidade e popularização dos serviços de rede social; e
(e) como um modelo para detalhamento do processo de ensino e aprendizagem.
8 – O desenvolvimento das diferentes fases da rede geralmente depende da formação das fases anteriores. Por exemplo, enquanto o desenvolvimento de infraestrutura é necessário antes que outros elementos possam ser considerados, a inclusão da pesquisa dos campos existentes – teóricos, práticos e áreas de aprendizagem -, se desenvolve de forma interrelacionada.
Fase Um: Desenvolvimento de Infraestrutura Física
9 – Como a internet vem adquirindo cada vez mais importância, os educadores começaram a se concentrar em maneiras de incorporar o campo emergente nos contextos educativos. Para participar, as salas de aula precisavam estar fisicamente conectadas. Por exemplo, em 1986, foi criada a National Science Foundation Network, a fim de conectar pesquisadores e acadêmicos (Harasim, Hiltz, Teles & Turoff, 1995, p. 6). Enquanto redes de computadores foram usadas para ensinar e aprender já em 1960 (p. 7), seu uso amplo para estudantes não foi possível até que os computadores fossem realmente importantes nas escolas (Hiltz, 2004, p. 27) e as escolas fossem fisicamente conectadas à internet. Os investimentos significativos em computadores, redes e tecnologia feitos por escolas, faculdades e universidades nos anos de 1980 a 2000 representam a visão de redes baseada em infraestrutura física. Assim, este foi o foco das definições iniciais de redes de aprendizagem: “Redes de aprendizagem são compostas de hardware, software e linhas de telecomunicações” (Harasim et al. Al., P. 16) e como “grupos de pessoas usam redes CMC [computer-mediated communication, ou comunicação mediada por computador], para aprender juntos em um tempo, lugar e ritmo que lhes convêm e é apropriado para a tarefa “(p. 4).
Fase Dois: Mesclando com Campos Existentes
10 – Conforme a estrutura física das redes se desenvolveu, conectando escolas, universidades e estudantes à internet e entre si, a consciência sobre redes de aprendizagem também foi ampliada. Educadores se voltaram para disciplinas como a sociologia, que tinha uma base de pesquisa estabelecida em redes. Em um paper de 1997 sobre as redes de aprendizagem assíncronas, Hiltz, já referido acima com relação ao desenvolvimento da infraestrutura, colaborou com o sociólogo Wellman para explorar as implicações sociais da comunicação mediadas por computador. Estas redes conectando pessoas e computadores “tornaram-se redes sociais, ou os tijolos básicos de construção de sociedades” (Hiltz & Wellman, 1997, p. 45). Com Turoff, Hiltz (1981) já havia construído a partir do trabalho de Wellman em sociologia, com a publicação, em 1978, da Network Nation [Nação Rede], que explorou o papel da comunicação mediada por computador como um agente transformador na sociedade. Outros sociólogos, como Castells (1996) e Watts (2003) contribuíram para popularizar as visões de rede de interação, comunicação e organização social através da publicação de textos que se tornaram populares: respectivamente, The Rise of the Network Society e Six Degrees. No campo da Física, Albert-László Barabási narra seu despertar para o poder das redes em sua publicação de 2002, Linked. Barabási emitiu a seguinte declaração: “As redes estão em toda parte. Tudo que você precisa é de um olho para elas “(p. 7), indicando a crescente conscientização sobre redes como uma estrutura subjacente em muitas disciplinas.
11 – Chegando perto do final do século 21, a linguagem e os conceitos sobre redes, vindos de sociólogos, matemáticos e físicos tinham penetrado bastante a sociedade. Conceitos de rede estiveram em uso comum para descrever o sucesso surpreendente de um livro esquecido da Amazon: a propagação de doenças sexuais através de redes, a disseminação da SARS [Severe Acute Respiratory Sindrome – Síndrome Respiratória Aguda Grave] em 2003 e o apagão em 1996 nos Estados Unidos e partes do Canadá (Barabási, 2002 , p. 119).
12 – Educadores começaram a adotar a terminologia de redes a partir de pesquisas nos campos da sociologia, matemática e física. Em particular, educadores adotaram um foco relacional e baseado em comunidades na aplicação de redes de computadores (de Laat, 2006, p. 75). Hiltz e Wellman (1997), por exemplo, aplicaram princípios de comunidade como um meio de expressar o valor de redes mediadas ou habilitadas pela tecnologia.
Fase Três: Visões Teóricas e Transformadoras sobre Aprendizagem, Cognição e Conhecimento
13 – A terceira fase de desenvolvimento sobre visões de rede pode ser encontrada no conceito de cognição e conhecimento distribuído através de redes de pessoas, com ajuda da tecnologia. Salomon (1993) sugeriu que o desenvolvimento da cognição distribuída — cognição que ocorre “em conjunto ou em parceria com outros” (p. xiii), é devido a três razões:
(a) o crescimento de computadores como ferramentas para auxiliar na atividade intelectual,
(b) o interesse crescente na teoria de Vygotsky sobre cognição como um produto de um determinado contexto ou ambiente social, e
(c ) insatisfação com os limites da cognição quando vistos apenas como “na cabeça” (p. xiv).
14 – Cultura e conhecimento são distribuídos como um resultado de “interações diárias entre pessoas”, resultando na “distribuição social da cognição” (Cole & Engeström, 1993, p. 15), mais uma vez reforçando a importância das interações sociais como um meio de aprendizagem.
15 – A tecnologia auxilia na distribuição de conhecimento à medida que nos permite “projetar-nos para fora digitalmente” (de Kerchove, 1997, p. 38), ou, de modo mais claro, “para tratar a Web como a extensão dos conteúdos da mente de uma pessoa” (p. 79). A capacidade de formar redes com ideias e outras pessoas aumenta quando as pessoas se projetam para fora. Através da Internet, estas redes de projeção externa podem ser formadas em nível global. Wellman (2001) classificou a capacidade de formar redes com outras pessoas através da tecnologia como “individualismo em rede” (p. 5), onde as pessoas usam suas próprias redes “para obter informações, colaboração, serviços, apoio, sociabilidade, e um sentido de pertencimento” (p. 5). Araujo (1998), de modo similar, sugeriu que ambos, aprendizagem e conhecimento, residem em “redes heterogêneas de relacionamentos entre o mundo social e material” (p. 317). Para que os indivíduos tenham acesso ao conhecimento de uma determinada sociedade ou cultura, as ligações devem ser formadas através do uso de artefatos de mediação, como a tecnologia, como preconizado pela teoria da atividade.
Fase Quatro: Popularização das Redes
16 – Grande parte da pesquisa sobre redes, até agora, tem sido confinada ao discurso entre os acadêmicos, como evidenciado pela longa história da teoria de redes na sociologia e matemática, geralmente com interesse público limitado. Até pouco tempo atrás, existia uma falta de consciência pública na forma como as redes funcionam e seu valor para os indivíduos e organizações. A popularização do software social elevou a importância das redes.
17 – Ainda que tecnologias em rede para socialização já estivessem em uso nos anos 60 (Scholz, 2007), sua adoção foi impedida até que diferentes ferramentas de comunicação fossem trazidas em conjuntos integrados mais amigáveis, como o desenvolvimento do Six Degrees, em 1997 (Boyd & Ellison, 2007). Entre 1997 e 2001, conforme narrado por Boyd e Ellison, muitas empresas lançaram novos recursos e serviços de redes sociais. As redes sociais, no entanto, não se tornaram correntes até o lançamento do MySpace em 2003, que liderou o fenômeno global (Boyd & Ellison) dos serviços de redes sociais, incluindo o lançamento do Orkut, Bebo, Cyworld e Facebook. As estatísticas variam sobre o nível de adoção de tais sites, mas algumas sugerem mais de 80% de penetração (Salaway & Borreson Caruso, 2007, p.12) entre os estudantes em contextos acadêmicos. Um benefício potencial secundário deve ser o desenvolvimento de habilidades de pensamento em rede por parte dos aprendizes, uma vez que eles descobrem maneiras de encontrar informações e pessoas, bem como resolver os problemas através da participação ativa em uma rede.
18 – A popularização das redes através dos serviços de redes sociais teve relação com os diferentes estágios das visões sobre rede, considerados previamente. Por exemplo, a International Network for Social Network Analysis (INSNA, fundada por Wellman em 1978) ampliou sua exploração de interações sociológicas para incluir as redes formadas através do Facebook, Orkut e outros sites de relacionamento (SOCNET, 2008). Connections, o jornal da INSNA, publicou diversos artigos sobre redes sociais virtuais (Petróczi, Nepusz, & Bazsó, 2007) e redes de blogs na América (Lin, Halavais, & Zhang, 2007), indicando a consciência crescente das redes sociais online por pesquisadores da área da sociologia. Estas também têm provado ser valiosas para pesquisadores, particularmente sociólogos, no entendimento de seu processo de formação, fornecendo “ricas fontes de dados comportamentais realistas” (Boyd & Ellison, 2007).
Fase Cinco: Aprendizado Integrado, Conhecimento e Redes de Educação
19 – Por volta de 2005, a definição de redes de aprendizagem (neste exemplo, assíncronas) defendida por especialistas refletiu uma maior ênfase nas pessoas: “ALN’s [asynchronous learning networks] são pessoas conectadas para aprendizagem a qualquer hora em qualquer lugar” (Hiltz & Goldman, 2005, p. 5 ). Veen e Vrakking (2006) também adotaram uma visão das redes como existentes em ambas as dimensões técnicas e humanas, com a tecnologia servindo a uma dupla função: armazenar e conectar informações e possibilitar o desenvolvimento e manutenção de redes sociais (p. 42). As quatro fases discutidas anteriormente formam a base para as redes que serão utilizadas para o ensino e a aprendizagem na quinta etapa. Agora, os educadores estão começando a explorar a forma como modelos de rede podem ajudar não só a aprendizagem colaborativa em ambientes online e combinados, mas em redes de aprendizado móvel e universal (pervasive móbile learning) (Rennie & Mason, 2004, p. 109), determinação de estruturas de rede social a partir da análise de fóruns de discussão (Gruzd & Haythornthwaite, 2008) e conversas de comunidades online (Haythornthwaite & Gruzd, 2007). Educadores que procuram compreender como os alunos interagem uns com os outros por meio de fóruns online, e-mails ou redes de blogs, podem invocar os princípios de análise de rede desenvolvidos por sociólogos. Da mesma forma, educadores podem usar análise de dados ou ferramentas de visualização para avaliar a qualidade das interações dos aprendizes uns com os outros e com os conceitos-chave de um determinado curso.
Conclusão
20 – Conceitos de redes (sumarizados na Tabela 1) estão mais proeminentes na sociedade devido à ascensão dos sites de relacionamento como o Facebook. Essa popularização, infelizmente, fez com que o termo rede adquirisse um grau de imprecisão com múltiplos significados em potencial. Enquanto inicialmente associadas com a rede física das escolas ou a fiação das redes organizacionais das universidades que trabalham conjuntamente, tais como o Ohio Learning Network (2007), os debates recentes sobre redes se voltaram para o software social e redes de conhecimento e aprendizagem. Os múltiplos significados potenciais do termo rede, expressos pelos cinco estágios de desenvolvimento de redes, precisam ser reconhecidos e refletidos por educadores para comunicar mais precisamente conceitos de conectividade e aprendizagem em rede.
21 – Conectividade, como uma teoria de aprendizagem, revela-se contra o pano de fundo da infraestrutura de rede física para o desenvolvimento da teoria da aprendizagem social, concepções de cognição e de conhecimento distribuídos. Como apresentado na introdução, redes de aprendizagem têm sempre acompanhado o desenvolvimento do conhecimento humano. Mesmo quando não explicitamente reconhecido, elas serviram como uma estrutura subjacente ao desenvolvimento de campos das ciências, literatura e tecnologia. Os avanços das últimas décadas tornaram explícitas as redes de aprendizagem. As redes são refletidas não só como tecnologias comunicacionais de informação física, mas como o próprio meio pelo qual o conhecimento é distribuído para atender a desafios complexos. A conectividade reflete esses desenvolvimentos, sugerindo a necessidade de trabalhar sobre novas visões de aprendizagem, mais reflexivas sobre a realidade cotidiana dos alunos.
Tabela 1. Cinco Estágios de Desenvolvimento de Redes
Estágio | Contribuição |
Um: Infraestrutura | Desenvolvimento de estrutura física e conexão das salas de aula à recursos para conectá-las entre si e à Internet |
Dois: Fusão com campos existentes
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Adoção de princípios de comunidade a partir da sociologia e uso de elementos de rede a partir da matemática e física para descrever forma e estrutura de redes. |
Três: Mudando visões de cognição
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Teorias de cognição situadas e distribuídas com base nas teorias histórico-culturais de Vygotsky (1986), inadequações de teorias de cognição estabelecidas (as quais excluem o reconhecimento de artefatos e cognição de maneira distribuída) e crescente ênfase de redes de computadores. |
Quatro: Popularização | Consciência crescente dos conceitos de redes por meio da publicação de livros populares: Linked (Barabási, 2002), Six Degrees (Watts, 2003), Rise of Network Society (Castells, 1996), sites de redes sociais (SNS) e o desenvolvimento de habilidades individuais de rede por meio do uso de SNS. |
Cinco: Processos de aprendizagem, conhecimento e educação
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Integração de domínios de um a quatro na prática da educação, onde a aprendizagem e o conhecimento são distribuídos dentro do limite das redes, assistidos pelo uso de tecnologia, analisados com os princípios de estrutura de rede a partir de áreas afins, e dirigidos por meio do crescimento da consciência de rede e habilidades por parte dos aprendizes. Conectividade e aprendizagem em rede residem neste nível. |
Trabalhos Citados
Araujo, L. (1998). Knowing and learning as networking. Management Learning, 29(3), 317–336.
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QUESTÕES PROVOCATIVAS PARA REFLEXÃO
01 – O chamado conectivismo, exposto no texto de George Siemens (2008) é uma nova teoria da aprendizagem compatível com a sociedade-em-rede que está emergindo?
a) Sim, o conectivismo tenta dar uma nova resposta para responder à pergunta fundamental – como uma pessoa aprende? – a partir da realidade emergente de uma sociedade em rede, sobretudo a partir da disponibilidade de novas mídias sociais.
b) Não completamente, pois Siemens confunde um pouco a rede (as pessoas interagindo, o padrão social de interação mais distribuído do que centralizado) com as ferramentas tecnológicas (a “tecnosfera”) que ampliam e aceleram a conectividade e a interatividade.
c) Não, o conectivismo não chega nem a ser uma teoria. É uma visão mais impactada pelo surgimento da Internet do que informada pela nova fenomenologia da interação social que vem sendo descoberta no presente século pela nova ciência das redes.
d) Não, o conectivismo é mais um cognitivismo, tomando as redes como “redes de conhecimento” (como se pudesse existir uma rede social que não fosse rede de conhecimento ou como se o conteúdo que “trafega” pelas conexões fosse de algum modo relevante para descrever o comportamento da rede, quer dizer, do emaranhado de conexões).
02 – O conectivismo, tal como apresentado no texto de George Siemens (2008) – Uma breve história da aprendizagem em rede – tem, na sua opinião, algum futuro?
a) Deverá ter algum futuro na medida em que o papel da Internet se torne cada vez mais relevante para os processos educativos.
b) Sim, mas não em si (como teoria autônoma da aprendizagem capaz de ocupar o lugar das outras teorias existentes). Pois quando as pistas abertas por Siemens e Downes se encontrarem com as ideias seminais de acoplamento estrutural (Maturana e Varela) e com as descobertas mais recentes da fenomenologia da interação, é possível que consigamos chegar a uma visão realmente interativista da aprendizagem mais adequada ao tempo em que vivemos e aos tempos que virão.
c) Mesmo que se dê o encontro mencionado na alternativa “b” (acima), o seu resultado ainda estará longe de uma teoria da aprendizagem humana (quer dizer, social, não digital).