O melhor lugar do mundo

Oito declarações sobre a aprendizagem humana
12 de abril de 2016

O melhor lugar do mundo

O Melhor Lugar do Mundo é um processo – não adesivo, nem predominantemente participativo, mas interativo – de incentivo ao desenvolvimento local (na verdade, glocal) baseado em comunidades (de aprendizagem, de prática e de projeto) organizadas em rede e voluntariamente articuladas. O nome “O Melhor Lugar do Mundo” surgiu de um social game criado em 2011 por Augusto de Franco e Cacau Guarnieri, mas o processo aqui descrito pode ser experimentado sem a necessidade de haver um jogo stricto sensu já formatado. A própria expressão – ‘social game‘ – foi reconceitualizada para a primeira versão de O Melhor Lugar do Mundo (a versão jogo) e vale a pena conhecer o novo conceito que foi tomado como base.

RECONCEITUALIZANDO ‘SOCIAL GAME

A expressão social game, usada para designar jogos coletivos – que pressupõem alguma interação social – foi redefinida para os propósitos do jogo. Segundo essa redefinição, social games não são games virtuais coletivos que exigem colaboração entre pessoas para serem jogados no mundo virtual por meio de computadores ou outros dispositivos interativos digitais. Social games são jogos instalados na rede social, que “rodam” na própria rede e que permitam programá-la (ou reprogramá-la).

Social games, nesse sentido, podem ter um espelhamento no mundo virtual e ser operados, em parte, por meio de computadores ou outros dispositivos interativos que acessam plataformas digitais com engines emuladores de experiências voluntárias exercidas “dentro de certos limites de tempo e espaço, segundos regras livremente consentidas… acompanhadas de um sentimento de tensão e alegria” (para citar a definição básica de jogo de Johan Huizinga).

Mas diferentemente do que diz a definição de Huizinga (1938), em vez envolver “uma consciência de ser diferente da vida cotidiana”, transportando o player para outro mundo, lúdico, O Melhor Lugar do Mundo enseja a oportunidade de ver a vida cotidiana com outros olhos, gameficando o próprio mundo ordinário e normal em que as pessoas vivem em vez de criar um mundo imaginário, extraordinário (onde, não raro – pois é exatamente isso que faz a maioria dos games contemporâneos – são reeditados padrões da tradicionalidade, com heróis e vilões, reis e barões, guerras e combates apocalípticos entre o bem e o mal, tudo isso ocorrendo numa atmosfera mítica, sacerdotal-guerreira, hierárquica e autocrática). Huizinga define jogo como: “uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria, de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana” (cf. HUIZINGA, Johan (1938). Homo Ludens. São Paulo: Perspectiva, 2000).

Em outras palavras, um social game tem que mudar a configuração da sociosfera onde é jogado, acarretando, via-de-regra, mudanças físicas no território, nas relações entre as pessoas e no comportamento coletivo. Não pode acontecer somente no mundo virtual. Por outro lado, deve ensejar modos de regulação (democráticos ou pluriárquicos) mais compatíveis com as redes sociais distribuídas e não aqueles (autocráticos) próprios de estruturas centralizadas (retrogradando para formas de organização e modos de regulação baseados em comando-e-controle, ordem, hierarquia, disciplina, obediência, vigilância, fidelidade, punição e recompensa dispensadas top down).

Quando surgiu o Melhor Lugar do Mundo – na sua versão jogo – ele já era uma tecnologia social inovadora de indução do desenvolvimento local, instalada por meio de um social game entendido como interface para reprogramar a rede social que já existe em qualquer localidade independentemente de nossos esforços conectivos. Este conceito – com seus desdobramentos expostos a seguir – permanece válido para as novas versões glocais de O Melhor Lugar do Mundo (não operadas necessariamente por meio de um social game stricto sensu).

UM PROCESSO LÍRICO, NÃO ÉPICO

Trata-se de um processo lírico, não épico, baseado no desejo, em que a competição (agôn) é substituída pela emulação e a simulação (mimicry) tende a converte-se rapidamente em ação (para além do âmbito do jogo); a sorte (alea) não é artificialmente promovida para incidir com uma frequência maior do que na vida cotidiana e a vertigem (ilinx) é vivenciada na celebração (quase uma leitourgía laica, no seu sentido original de serviço público) do desejo realizado.

A ideia do processo é evitar o épico ressignificando a vida comum das pessoas comuns (o lírico). As pessoas se interessam por relacionamentos, arrumar namoros e casamentos, ter um parque para as crianças no seu bairro, mudar o lugar de um ponto de ônibus na sua rua, conseguir um posto de saúde na sua quadra, arranjar parceiros para um negócio na sua cidade etc. Todos esses desejos, muitas vezes considerados banais, são expressões diretas do que ocorre no multiverso das interações e são “traduzidos” como algo tão importante como se fossem eventos cósmicos (o que são realmente: inputs organizadores, bottom up, do cosmos social). Para tanto, o processo sugere constituir comunidades que sejam livres para propor coisas assim.

Mas os desejos pessoais não são desvalorizados em função dos desejos coletivos (ou daqueles conhecidos “sonhos coletivos de futuro” artificialmente construídos de forma participativa pelas metodologias de indução do desenvolvimento local.

O Melhor Lugar do Mundo não é um processo para reformadores sociais, benfeitores da humanidade ou pessoas que tenham especial vocação para o trabalho comunitário, para a benemerência ou a filantropia, ou para o serviço público (nos termos atuais). Não é um apelo à militância social, nem uma tentativa de recuperar e difundir ideais político-ideológicos de transformação da sociedade. Não quer despertar àquela “porção Madre Tereza” que se esconde no fundo de corações empedernidos, nem o revolucionário, movido pela pulsão combatente de reparar as injustiças do mundo, que alguns supõem jazer adormecido no interior de cada um. Pelo contrário, é um jogo – como dizia George Orwell (1948) nas suas “Reflexões sobre Gandhi” – para evitar a santidade, não para estimulá-la (cf. ORWELL, George (1948). Reflexões sobre Gandhi in ORWELL, George (1948). Dentro da baleia e outros ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2005); e para desestimular a luta e o sacrifício em prol do bem-comum. É um jogo para viver a vida social na linha do Samba da Bênção de Vinicius de Moraes (1962):

É melhor ser alegre que ser triste
alegria é a melhor coisa que existe
é assim como a luz no coração.

RESSIGNIFICANDO OS PEQUENO ATOS COTIDIANOS

Quando vivemos nossa convivência (social) produzimos um novo tipo de vida (humana): essa é a ideia básica de O Melhor Lugar do Mundo.

Assim, aqueles desejos – mesmo individuais, tanta vez incorretamente considerados egoísticos – capazes de ser recompensados pela própria interação, devem ser estimulados no processo. Desejos tão simples como: brincar e jogar; cantar, tocar instrumentos e dançar; comer e beber (compartilhar alimentos e bebidas); celebrar e comemorar (festejar); compartilhar histórias e experiências; dar e receber presentes; namorar; cocriar; colaborar e ajudar (ajuda-mútua); e compartilhar (com-viver) uma mística ou espiritualidade (excetuadas as formas religiosas ou sectárias que promovam separações entre o fiel e o infiel).

As ações decorrentes da realização de tais desejos, que são ressignificadas como ações cósmicas (organizadoras do cosmos social), têm um peso relevante no processo na medida em que são encaradas como tentativas de conversar com a rede-mãe (aquela que existe independentemente de nossos esforços conectivos voluntários) e de prefigurar um simbionte social: o novo tipo de vida (social) que aprendemos a detectar quando vivemos nossa convivência.

O Melhor Lugar do Mundo é um processo para captar a secreta magia (na verdade, uma “antropo-urgia”) dos pequenos atos cotidianos.

Brincar e jogar

Brincar e jogar são fundamentos esquecidos do humano (um esquecimento produzido pela hierarquia). Sociedades baseadas na exaltação do (e na escravização pelo) trabalho desvalorizaram esses atos cotidianos tão livres e prazerosos que merecem, então, ser ressignificados.

Nas sociedades submetidas a sistemas hierárquicos espera-se que pessoas adultas não brinquem nem joguem (só um pouquinho, de vez em quando), mas… trabalhem! Levem a vida a sério e se levem a sério para obter, como prêmio por sua seriedade no trabalho árduo, sucesso na vida ou na carreira, se destacando dos semelhantes para sair da vala comum (das pessoas comuns). Tudo isso, é claro, não passa de uma perversão.

O Melhor Lugar do Mundo é um processo de reativação dessa dimensão básica do humano: o homo ludens. Ela é estimulada por meio de incentivos positivos e ressignificada como um ato cósmico de sintonização com o social. Atividades que estimulem brincadeiras – com a presença de crianças, adultos e idosos – são especialmente valorizadas.

Brincar e jogar são, ademais, oportunidades especiais de interação humanizante. Já se disse que em uma hora de jogo podemos conhecer o outro mais do que em cem horas de conversa (ou algo parecido).

A brincadeira e o jogo vão adquirindo outro status nos mundos altamente conectados. Tudo vai virando jogo. Com a abolição do trabalho (repetitivo) a atividade produtiva (inovadora) vai se exercendo como creative game e vai materializando aquele sonho de Bob Black (1985) quando disse: “O que eu gostaria realmente de ver acontecer é a transformação do trabalho em jogo”.

E processos do tipo de O Melhor Lugar do Mundo vão substituindo os programas ditos sociais ou de desenvolvimento.

Cantar, tocar instrumentos e dançar

Assim como brincar e jogar, cantar, tocar instrumentos e dançar foram formas de tentar conversar com a rede-mãe que conseguiram sobreviver sob a civilização hierárquica. Nos desejos, muitas vezes inexplicáveis, de quem sente que não consegue viver sem se dedicar a tais atividades, nunca está, num primeiro momento, um propósito planejado de fazer sucesso e se destacar dos semelhantes. Depois isso pode de fato acontecer, sobretudo quando a pessoa amadora é capturada por alguma organização hierárquica. No início ela quer apenas vibrar no mesmo ritmo da intermitente criação, acompanhar a vida nômade das coisas, respirar com elas, reconhecer e ser reconhecida por outras pessoas capazes de se deixar empatizar…

A dança, a música… são movimentos de sintonização. Depois vem alguma fraternidade disciplinando tudo, ensinando você a ser dervixe. Em algum lugar perdido da Ásia Central, entre o Cazaquistão, o Uzbequistão, o Turcomenistão, o Arzebaijão, sabe-se lá, eles vão treiná-lo até que você repita exatamente os mesmos movimentos sincronizados, execute as mesmas evoluções com perfeição. Não é que não haja conhecimento ali (deve haver, e muito). No entanto, não é mais de conhecimento que se trata. Os pássaros e os peixes fazem isso, apenas aglomerando, enxameando, imitando (clonando), enfim, interagindo com os semelhantes em seus mundos pequenos (amassados). E a forma como eles expressam suas interações – por flocking ou shoaling – revela o metabolismo do simbionte natural: apenas deixando acontecer. Trata-se agora de fazer alguma coisa correspondente em relação à segunda criação do mundo: o simbionte social.

Comer e beber (compartilhar alimentos)

Em algum momento de nossa história evolutiva o proto-homínida que nos precedeu compartilhou o alimento com seus semelhantes iniciando o seu processo de humanização. Arqueólogos descobriram que os precursores dos seres humanos transportavam o alimento de um lugar para outro e distribuíam esses alimentos entre os membros do grupo. Ou seja, eles partilhavam o alimento. Podemos dizer que a atitude básica que nos torna humanos é esta: a partilha do alimento e não o uso da ferramenta para matar (a transformação da ferramenta em arma). São dois pontos de vista completamente diferentes. Em um, como assinalou William Irwin Thompson (1987), em Gaia: uma teoria do conhecimento, temos uma definição tecnológica da cultura humana, na qual a ferramenta separa fundamentalmente a cultura da natureza. No outro, temos uma definição social da cultura humana, na qual o ato de partilhar o alimento estabelece uma relação entre natureza e nutrição.

Ressignificação: comer e beber coletivamente restabelece uma sintonia com nossa natureza humana (com o caráter social da natureza humana). O banquete (ágape) é uma expressão de amor fraterno. O simpósio – de sympósion: originalmente beber e conversar – é uma forma de aprendizagem coletiva e enseja o que hoje se chama de collective creativity.

A celebração, parte integrante do processo O Melhor Lugar do Mundo, quase sempre envolve o compartilhamento de alimentos e bebidas.

Celebrar e comemorar (festejar)

Em O Melhor Lugar do Mundo, se você estiver em dúvida entre uma reunião e uma festa, não hesite em desistir da primeira. A festa é sempre preferível. É uma linguagem reconhecida pelo social, recompensada pela interação e mais valorizada pela rede.

Diz-se que o humano é naturalmente celebrativo. É um modo de estabelecer uma sintonia com o fluxo da vida (e não é por acaso que as celebrações ancestrais via de regra estavam ligadas ao ciclo natural de nascimento, crescimento, envelhecimento e morte).

Em O Melhor Lugar do Mundo a celebração faz parte da liturgia do processo. É um modo de comemorar, tornando pública (leituourgia) a realização de um desejo.

Compartilhar histórias e experiências

Ouvir e contar histórias e experiências que promovam encantamento ressintoniza o social e, assim, é uma atividade recompensada pela interação e valorizada pela comunidade.

Mais do que isso, porém: o storytelling faz parte de O Melhor Lugar do Mundo. É o modo pelo qual um desejo realizado é difundido, disseminado para os players, por meio de conversas, textos, apresentações, áudios e vídeos.

Dar e receber presentes

Dar e receber presentes evoca uma ecologia (da dádiva) para além de uma economia (da troca): quando você paga para ter alguma coisa, tudo fica na mesma, mas quando você ganha alguma coisa, aí sim você é verdadeiramente enriquecido.

Sim, as interações econômicas não são apenas de troca. Há uma economia, ou melhor, uma ecologia da dádiva. Quanto você troca uma coisa por outra não ganha nada: substitui uma coisa por outra. A máxima cínica (às vezes atribuída ao hinduísmo) “tudo que não é dado está perdido” significa “é dando que se recebe”, sim, mas não porque você dá instrumentalmente esperando receber algo em troca (como no chamado altruísmo recíproco interpretado por economistas) e sim porque, na ecologia do seu ecossistema comunitário, dar é a maneira de, para usar uma linguagem poética, deixar passar o fluxo da vida. O fluxo voltará para você na forma de maior capacidade de se transformar em congruência com as mudanças do meio. Ou seja, a dádiva faz parte da capacidade biológico-cultural – extremamente relevante em nossa história evolutiva – de conservar a adaptação.

A doação é altamente valorizada em O Melhor Lugar do Mundo. E a criação de datas comemorativas e festividades para a troca de presentes também deve ser estimulada e recompensada pela comunidade.

Namorar

Como dizia um conhecido site de relacionamentos que, há cinco anos (2001), tinha 24 milhões de pessoas registradas: “be2 leva você ao amor de sua vida”. Por que não? Por que o desejo de namorar deveria ser excluído da lista dos fatores que influem decisivamente no metabolismo das redes de desenvolvimento comunitário?

Tudo que conta aqui é o namoro. Casamento (o contrato, em geral de exclusividade) sem namoro, não é recompensado pela interação e, conseqüentemente, também não é recompensado pelo processo. O Melhor Lugar do Mundo pode ser encarado, nesse sentido, como uma agência de namoro (lato sensu, porém, compreendendo eros, filos e ágape) dentro de cada mundo social criado.

Aprender

Aprender é, antes de qualquer coisa, estabelecer conexões, reconhecer padrões, linguagear e conversar (no sentido que Humberto Maturana confere a essas noções) e criar. Na verdade, aprender é interagir: se adaptar, imitar, colaborar (a linguagem é uma forma de colaboração, talvez a sua forma básica) e, fundamentalmente, criar.

Em O Melhor Lugar do Mundo os desejos de aprender são altamente valorizados. E comunidades de aprendizagem em rede, conformadas para experimentar sistemas sócio-educativos – como os arranjos educativos locais e assemelhados – sobretudo quando não reproduzem as burocracias do ensinamento chamadas de escolas, não são baseadas na relação professor-aluno e estimulem a cocriação, são excepcionalmente valorizadas.

Cocriar

A cocriação também é fortemente estimulada pelo processo O Melhor Lugar do Mundo. A formação de ambientes de co-creation é muito valorizada.

Mas não se trata propriamente de coworking, um novo padrão de trabalho que, diz-se, segue uma tendência mundial contemporânea. Não é uma porção de pessoas trabalhando juntas (em termos de contiguidade espacial), cada qual com um objetivo e sim comunidades de pessoas compartilhando atividades criativas.

O Melhor Lugar do Mundo não valoriza nem recompensa o trabalho e sim a criatividade e o empreendedorismo. Porque trabalho não é uma atividade recompensada pela interação e não promove sintonização com o social: pelo contrário, o trabalho repetitivo, o trabalho que exige sujeição e obediência, o trabalho que significa o abandono do próprio sonho para se subordinar a execução do sonho alheio é uma das causas da perda de contato com a rede-mãe. Alugar a própria força e inteligência para a execução de atividades que não respondem aos próprios desejos é mais ou menos assim como vender a alma. O Melhor Lugar do Mundo é um processo de criação de alma (ou humanidade) e não de seu aniquilamento.

Colaborar e ajudar (ajuda-mútua)

A colaboração e a ajuda-mútua é o principal fundamento do processo O Melhor Lugar do Mundo. Na verdade, é tudo: trata-se de um processo colaborativo.

Quando uma pessoa ajuda outras pessoas em uma comunidade de players ou quando uma comunidade ajuda outra comunidade a realizar o seu desejo, elas são muito valorizadas.

Compartilhar uma mística ou espiritualidade

Excetuadas as formas religiosas ou sectárias que promovam separações entre o fiel e o infiel, não há qualquer problema em compartilhar uma mística ou espiritualidade com outras pessoas.

São especialmente reconhecidas no processo as formas de espiritualidade recompensadas pela própria interação, abertas ao compartilhamento fortuito e não fechadas em clusters dos que professam a mesma fé.

A estes assim chamados pequenos atos cotidianos, acrescenta-se apenas um:

Empreender coletivamente

Empreendimento coletivo é qualquer ação social (lato sensu, incluindo o que se chama de cultural) ou empresarial praticada por uma rede distribuída (ou por, pelo menos, três pessoas interagindo sem intermediação).

O Melhor Lugar do Mundo é um processo de empreendedorismo coletivo, quer dizer, voltado para a realização do sonho, do desejo de uma pessoa que precisa de outras pessoas – que têm sonhos ou desejos congruentes – para materializar o seu sonho e realizar o seu desejo.