Pesquisadores conectados à Escola-de-Redes – que agora estão interagindo no projeto http://humana.social – desenvolveram uma tecnologia social de configuração de ambientes favoráveis à inovação em educação baseada em uma nova visão interativista da aprendizagem. A teoria, é claro, ainda está em construção, mas seus fundamentos foram formulados e já permitem aplicações práticas capazes de contribuir para transformar qualquer ambiente em um espaço de aprendizagem criativa.
De forma sucinta os fundamentos de uma nova visão interativista estão apresentados abaixo:
Os fundamentos de uma visão interativista da aprendizagem
A aprendizagem é um processo interativo.
Somente redes podem aprender.
A aprendizagem ocorre em seres vivos (organismos, partes de organismos e ecossistemas) e em redes de seres vivos (conjuntos de seres vivos em interação), em redes de seres não-vivos (capazes de interagir) e em seres sociais (pessoas ou redes de pessoas).
O animal humano (o indivíduo da espécie Homo Sapiens) pode aprender por meio de processos que são comuns aos seres vivos. Esses processos são interativos (não-instrutivos).
Os seres humanos podem aprender por meio de processos que não são comuns aos seres vivos, mas que ocorrem apenas entre humanos: esta é a aprendizagem tipicamente humana.
Na aprendizagem tipicamente humana quem aprende é a pessoa.
Quando aprende, a pessoa se modifica.
A pessoa se modifica quando muda de comportamento no relacionamento com outras pessoas (alostase social).
Quando a pessoa se modifica, modificam-se necessariamente a topologia e a dinâmica do emaranhado (a rede) onde ela está e é (quer dizer, existe como pessoa).
Quando a pessoa se modifica, criam-se novos mundos sociais (novos emaranhados, novas redes).
Toda aprendizagem tipicamente humana é criativa, não reprodutiva.
O único fundamento da aprendizagem tipicamente humana é a liberdade (que depende da livre-interação entre pessoas).
Toda aprendizagem tipicamente humana é livre-aprendizagem.
A livre-aprendizagem é criativa: é uma criação-entre (alterpoiese).
DEVEMOS MELHORAR OU MUDAR A EDUCAÇÃO?
Para saber isso vamos conhecer as principais críticas feitas por pensadores da educação e refletir se nossas atividades estão sintonizadas com a mudança que está vindo, em especial agora que a sociedade está ficando mais interativa e com a inteligência artificial que vai se encarregar de muitas das tarefas que sempre foram executadas por nós. Mais um motivo para tentar descobrir quais são as características de uma aprendizagem tipicamente humana, que nunca poderá ser realizada por máquinas ou programas inteligentes.
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