[Este texto deve entrar na página https://www.democracia.org.br/conheca-o-projeto/, depois do item 10]
FAQ
1 – O que são as Casas da Democracia?
Você deve ler com atenção os 10 pontos acima, que são a Constituição das Casas da Democracia. Deve ler também os seus Princípios e a Visão que inspirou o projeto.
2 – Como eu posso participar do projeto Casas da Democracia?
Há três maneiras. Você pode ser anfitrião ou anfitrião de uma casa, pode ser um monitor ou monitora ou pode se conectar a uma casa já existente.
Mas você pode também doar recursos para apoiar a fundação e o funcionamento de uma Casa da Democracia ou para ajudar o processo de capacitação de monitores e monitoras.
3 – O que é ser anfitrião ou anfitriã de uma Casa da Democracia?
É fundar uma nova casa. Pode ser uma casa física (com ou sem estrutura própria para reuniões, palestras, sessões de cocriação etc.) e pode ser também uma casa (por enquanto, em razão da pandemia) virtual. Mas tem que ser baseada em uma localidade (município, região administrativa ou bairro). Tem que ter pelo menos três pessoas (é o mínimo) que se inscrevam como monitores no site das Casas da Democracia. Na verdade, a casa é a rede local.
A casa física pode ser a sua própria casa ou uma casa emprestada por alguém, pode ser parte de uma casa de uma entidade já existente (desde que haja autonomia para a realização das atividades de uma Casa da Democracia).
Para ser um anfitrião ou anfitriã de uma nova Casa da Democracia você precisa preencher e enviar o formulário próprio que está neste site.
4 – O que é ser um monitor ou monitora de uma Casa da Democracia?
Um monitor ou monitora de uma Casa da Democracia é uma pessoa que percorre os Itinerários de Aprendizagem propostos, entendendo que aprendizagem da democracia é um processo permanente.
Os monitores e monitoras em processo de aprendizagem estão sempre vinculados a uma Casa da Democracia (já existente ou em fundação). No mínimo três monitores ou monitoras são necessários para fundar uma casa e eles podem fazer isso após três meses percorrendo os itinerários de aprendizagem.
O papel de um monitor ou monitora de uma Casa da Democracia é dar continuidade ao processo de aprendizagem na sua própria casa, quer usando os itinerários de aprendizagem que está percorrendo, quer inventando novos itinerários.
Na verdade, os monitores ou monitoras são netweavers (animadores e articuladores) da rede local que constitui a sua casa. Portanto, além de se dedicarem a envolver mais pessoas da sua localidade em processos de aprendizagem da democracia, cabe aos monitores ou monitoras propor ações práticas de experimentação da democracia.
Para ser um monitor ou monitora de uma Casa da Democracia você precisa preencher e enviar o formulário próprio que está neste site.
5 – O que é se conectar a uma Casa da Democracia?
Qualquer pessoa pode se conectar a uma Casa da Democracia já existente, desde que more ou frequente regularmente a localidade onde esta casa está instalada (ou sendo instalada).
Se conectar a uma Casa da Democracia é fazer parte da rede local que constitui essa casa e interagir regularmente com os demais conectados.
Para se conectar a uma Casa da Democracia você precisa preencher e enviar o formulário próprio que está neste site.
6 – O que eu posso fazer concretamente em uma Casa da Democracia?
Seja como anfitrião ou anfitriã, monitor ou monitora ou simplesmente conectado/a a uma Casa da Democracia você poderá se integrar às atividades propostas pela rede local que constitui essa casa.
Existem algumas sugestões do que uma Casa da Democracia pode fazer, tanto para dar continuidade ao processo de aprendizagem da democracia, quanto para experimentar a democracia como modo de influir no Estado ou como modo-de-vida na sociedade. Mas é a rede local que constitui uma casa que decidirá sobre o que vai ou não vai fazer na sua localidade.
Mas – atenção! – você só fará o que você quiser.
Por princípio as Casas da Democracia não têm estrutura hierárquica e não adotam modos autocráticos de regulação de conflitos, quer dizer, não têm chefe ou dono e não podem exigir de seus membros disciplina, obediência e fidelidade.
As Casas da Democracia adotam a lógica da abundância e não da escassez. Por isso, recusam o fluxo comando-execução (alguém mandando os demais fazer qualquer coisa) e até evitam votações para impor à minoria a vontade da maioria. Os que querem fazer qualquer coisa proposta devem fazê-lo e os que não querem não devem.
7 – Posso usar as Casas da Democracia para fazer política partidária?
Não. Pessoas filiadas a qualquer partido ou que não estão ligadas a nenhum partido podem participar de uma Casa da Democracia. Mas não podem tentar transformar essa casa em instrumento de um partido e não devem tentar “pescar em aquário” – aproveitando a oportunidade de estarem em uma casa para “ganhar” (ou recrutar) outras pessoas para a sua organização.
Se, no futuro, algumas dessas pessoas conectadas a uma Casa da Democracia forem candidatos ou candidatas às eleições para os parlamentos ou para os governos, elas o farão em partidos da sua própria escolha. Uma das atividades das Casas da Democracia é preparar candidatos/as convertidos/as à democracia para as eleições, mas não escolher os partidos pelos quais tais candidatos/as vão concorrer.
8 – O que acontece se uma casa violar os princípios, se contrapor à visão que inspirou o projeto ou desrespeitar a constituição das Casas da Democracia?
Simplesmente essa casa não aparecerá mais no mapa das Casas da Democracia e seus monitores ou monitoras serão descredenciados (e não terão mais acesso aos itinerários de aprendizagem).
9 – Se uma pessoa conectada a uma Casa da Democracia estiver descontente com a organização, o modo de funcionamento ou as atividades de sua casa, o que ela deve fazer?
Ela sempre pode sair e, se quiser, fundar outra casa.
10 – De que adianta todo esse esforço para fundar e fazer funcionar Casas da Democracia?
A resposta para essa pergunta você mesmo deve encontrar. Se não encontrar, não deve participar do projeto Casas da Democracia.